A quem honra, honra

Charles Haddon Spurgeon comentando o primeiro capítulo de Malaquias disse o seguinte: “Se fosse maravilhoso ver um rio lançar-se da terra com seu volume de água total, o que não seria contemplar vasta fonte da qual todos os rios da terra devessem imediatamente sair borbulhando, milhares deles nascidos ao mesmo tempo? Que espetáculo seria! Quem pode concebê-lo? No entanto, o amor de Deus é essa fonte, da qual surgem todos os rios da misericórdia que têm trazido alegria à nossa raça – todos os rios da graça no tempo, e de glória no futuro. Minha alma, fica junto a esse manancial sagrado e adorável e magnifica para sempre e sempre a Deus, nosso Pai, que nos tem amado”. Uma bela descrição do amor de Deus. Como já dissemos anteriormente a base sobre a qual Deus se relaciona conosco é o amor e, assim sendo, a exortação apresentada na segunda parte do capítulo 1 é também expressão deste amor de Deus, vejamos: V. 6 Um Filho honra seu pai, No Antigo Testamento o sacerdote desfrutava de um relacionamento especial com Deus, principalmente no sentido de tornar pública a santidade de Deus. Assim o sacerdote, ao mesmo tempo em que gozava desta relação especial, também trazia sobre si uma responsabilidade. O Novo Testamento comentando sobre os membros da Igreja de Cristo nos declara a todos como sacerdotes diante de Deus. Veja: 1Pedro 2:5, 9. Isto é o que chamamos de sacerdócio universal de todo crente. Na economia da Igreja todos nós os que cremos em Cristo desfrutamos deste privilégio. Não se engane, não é apenas o seminarista, ou líder espiritual de sua comunidade, todos os que cremos desfrutamos desta relação especial. Contudo, assim como no Antigo Testamento o sacerdote trazia sobre si uma responsabilidade, nós também trazemos. É óbvio que um líder tem a responsabilidade de viver dignamente a fim de que o nome de Deus seja glorificado em sua vida, mas não só o líder; cada um daqueles que crêem em Jesus são sacerdotes e devem viver de maneira a trazer honra ao nome de Deus. Considerando estas informações podemos dizer que Deus começa sua conversa com os sacerdotes usando um princípio moral. Ninguém jamais negaria a verdade de que um filho está cerrado sobre o compromisso moral de amar e obedecer a seu pai. Deus então lhes diz: “Se eu sou o pai”... Veja que Deus fala de forma condicional “Se” eu sou..., ainda que Israel não pudesse negar este fato, é como se Deus entregasse a Israel a decisão de reconhecer isto ou não. Deus era o pai daquele povo, eles deveriam reconhecer isto e responder em honra ao seu nome por toda sua bondade. Nós, os que cremos em Jesus somos feitos filhos de Deus (João 1:12), como o temos honrado? Vale nos a lembrar as palavras de Brainerd em seu leito de morte: “Eu não vou para o céu para ser promovido, mas para honrar a Deus. Não me importa que posição terei lá, seja alta ou baixa, mas o que importa é continuar vivendo para agradar a Deus e o glorificar, entregar tudo a Ele, e ser totalmente dedicado para sua glória.” Que possamos reconhecer que em cada uma de nossas atitudes e ações estamos glorificando ou negando publicamente o nome de Nosso Deus e Pai. Que o Senhor nos ajude, que Ele nos faça instrumentos de respeito e honra.