Lembrai-vos da Palavra que vos disse

Lembrai-vos da palavra que vos disse: não é o servo maior do que o seu senhor. Se a mim me perseguiram, também vos perseguirão a vós; se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa. Mas tudo isso vos farão por causa do meu nome, porque não conhecem aquele que me enviou (João 15:20-21).“SEREIS MINHAS TESTEMUNHAS”Como Jesus já havia anunciado aos Seus, os discípulos de um Mestre perseguido não podiam esperar escapar da perseguição. Desde o início da história da Igreja na Roma antiga, os cristãos foram acusados de ser inimigos do bem público e perseguidos como tal. Então o Senhor deu a alguns deles a valentia de elevar a voz para mostrar a falsidade de tais acusações e proclamar a verdade do cristianismo.Até o ano 125 d.C, as primeiras alegações por escrito foram apresentadas ao imperador Adriano por um cristão romano chamado Aristides e por Quadratus, um bispo. Este último defendeu o Evangelho contra as calúnias de seus adversários e recordou os milagres do Senhor. O imperador parece ter levado isso em conta, porque escreveu ao procônsul da Ásia que se proibisse maltratar os cristãos, salvo se violassem as leis.Anos mais tarde, até o ano de 140, Justino apresentou uma longa alegação, citando várias passagens das Escrituras, ao imperador Antonino, o Piedoso, ao filho deste e ao senado romano. Começou por apelar à justiça do soberano. “Nosso dever – disse ele – é dar a conhecer nossos atos e pensamentos… O seu dever, ditado pela razão, é atuar como um bom juiz nesta causa. Se não, que desculpa o imperador teria diante do tribunal de Deus?”