Um Jesus no meu umbigo
Jesus disse que o Pai procura pessoas que o adorem "Em Espírito e em verdade". Isso tem sido defesa para muitas pessoas que se afastam da igreja e pretendem viver seu cristianismo de maneira mais "isolada". Esta postura de seguir sua fé em seu próprio coração; de fazer suas leituras bíblicas em casa, de orar sozinho e de não se envolver na comunhão é legítima? Tem sido cada vez mais comum ouvirmos de casos de pessoas que se afastam da comunhão para dizerem que ir à igreja é invenção humana. Que Jesus nunca nos ensinou isso e que é o homem que sustenta esta prática. Sempre ouvimos aqui e ali: "Estou decepcionado com a igreja..." ou "Não dependo dos outros para viver meu cristianismo..." ou ainda "Jesus não tem nada a ver com religião..". Tem até livro que carrega na capa "Sou Cristão Apesar da Igreja".
Vamos refletir:
A idéia de construir lugares para a reunião dos santos em Cristo não consta na Bíblia... A construção de "templos" para a adoração de Deus é fruto da oficialização do cristianismo como religião oficial do Império Romano (nos dias do imperador Constantino). Antes, as pessoas se reuniam onde dava para se reunir, em lugares abertos, casas, salões, etc. Uma das reuniões mais importantes do "embrião da igreja" (o grupo dos Doze) foi em um salão de festas, para recepcionar convidados. Jesus manda seus discípulos irem preparar a páscoa em uma sobreloja (Lucas 22:7-13).
Apesar de não termos uma ordenança da parte do Mestre para construirmos lugares para adoração, somos gratos a Deus pela sabedoria das comunidades da atualidade: Elas utilizam os recursos comuns à igreja (arrecadados entre os fiéis) para alugar ou construir locais para a comunhão e a adoração. Não que Deus esteja ligado a estes locais; mas eles facilitam bastante a nossa comunhão. Já pensou se nós tivéssemos que escolher somente uma dúzia de irmãos para cultuarem na nossa casa? Só encontraríamos os outros de vez em quando!!! Graças a Deus pela reunião da comunhão!!! E estas reuniões dos santos (em lugares maiores ou menores) são evidentes em todo o Novo Testamento:
"Todos os dias, continuavam a reunir-se no pátio do templo. Partiam o pão em suas casas, e juntos participavam das refeições, com alegria e sinceridade de coração" Atos 2:46
"As igrejas da província da Ásia enviam-lhes saudações. Áqüila e Priscila os saúdam afetuosamente no Senhor, e também a igreja que se reúne na casa deles" 1 Coríntios 16:19
"Quando vocês se reúnem, cada um de vocês tem um salmo, ou uma palavra de instrução, uma revelação, uma palavra em uma língua ou uma interpretação. Tudo seja feito para a edificação da igreja" 1 Coríntios 14:26
Então, segundo alguns poucos exemplos bíblicos que selecionamos aqui, percebemos que é, sim, propósito de Deus que os santos em Cristo se reúnam periodicamente para louvar a Deus, trocar ensinamentos, orar uns pelos outros e edificar-se mutuamente.
Mas vamos além do propósito de Deus, pois não vamos à igreja só por obediência ao propósito, vamos por prazer! É gostoso estar em um lugar em que o Espírito do Senhor se manifesta, em que podemos cantar louvores na coletividade, sermos fortalecidos quando estamos abatidos e sermos instrumento de fortalecimento quando estamos em paz.
É gostoso ouvir uma palavra edificadora, uma profecia vinda de Deus que nos convoca ao arrependimento dos erros cometidos durante a semana, que nos conforta por um momento de tribulação ou nos dá sabedoria para tomar uma decisão que pesa sobre nossos ombros. A igreja é a reunião em que o próprio Jesus se manifesta ("Pois onde se reunirem dois ou três em meu nome, ali eu estou no meio deles". Mateus 18:20).
Mas, como dissemos no início, há pessoas que tentam defender o cristianismo particular; desligado das "religiosidades" da igreja. Na tentativa de convencer estas pessoas, os irmãos acabam se lembrando do provérbio "uma brasa que se afasta do braseiro esfria". É uma bela metáfora que tenta expressar a condição daqueles que se apartam da coletividade cristã. Mas convenhamos: a verdade é outra. A coletividade não é um braseiro; é um corpo. E nós não somos brasas, somos membros. O membro que é separado do corpo acaba por necrosar, apodrecer. Um dedo fora do corpo apodrece. Idem para braço, perna, orelha, etc. A idéia do braseiro é até boa, mas não atinge a profundidade das implicações de não estar na comunhão dos santos.
Dentre estes que se afastam da comunhão estão os que têm (ou tiveram) problemas com os irmãos da comunidade. Neste caso só existe falta de perdão; mais nada. Este que se afasta deveria procurar aquele com quem tem questões pendentes e resolvê-las, pois isso é o que se espera de um convertido a Jesus Cristo, que pretende seguir o caminho cristão de obedecer aos mandamentos do Mestre.
Há casos de pessoas que até tentam seguir fielmente o ensinamento de Jesus, vivem o amor, procuram o perdão, a reconciliação, a mansidão, mas percebem-se em meio a uma comunidade de intenções não legítimas, com líderes que não têm temor do Senhor. Estes raramente se afastam, acabam procurando uma nova comunidade, de pessoas que desejam, do fundo do seu coração, servir a Deus.
Uma atitude inaceitável dos "emancipados" (que vão viver seu cristianismo particular) é ficar por aí dizendo que estão "decepcionados com a igreja". Ora, que corrijam seu discurso: estão decepcionados com algumas pessoas de uma comunidade local. Deixem a igreja de fora desta conversa!!! E tem mais: muitos destes casos de "decepção com a igreja" são daqueles que gostam de ficar contando as "marcas" que as pessoas da igreja deixaram nelas, mas nunca atentaram para as "marcas" que elas mesmas deixaram nas pessoas da igreja. A estes Jesus ensina: "Por que você repara no cisco que está no olho do seu irmão e não se dá conta da viga que está em seu próprio olho?" (Lucas 6:41).
Infelizmente nós vivemos diante de um quadro muito complexo, egoísta, endurecido: Não basta as denominações trabalharem para dispersar uma igreja que deveria caminhar em união; agora temos as pessoas de dentro das próprias comunidades que querem viver seu cristianismo somente em casa, sem se misturar com os outros, sem correr os riscos de se relacionar com pessoas. Ora, as relações na igreja certamente gerarão conflitos! Mas estes conflitos devem gerar perdão. Estas relações certamente gerarão divergência, mas a divergência deve ser interrompida por um mover de convergência do Espírito.
Para nossa tristeza há gente que faz a escolha por viver o que pensam ser um cristianismo sem "religião", sem "igreja", sem "rituais". Azar de todos vocês que se encontram nesta condição... Nós que nos reunimos como corpo sabemos que somos partes pequenas de um "todo" que é muito maior. Vocês são fortes, auto-suficientes, não precisam de ninguém, mas nós que nos reunimos com os outros somos fracos, precisamos de Jesus; precisamos da coletividade... Um alerta a todos que defendem que é possível viver um cristianismo livre, sem ir à igreja, sem conviver com outras pessoas: Quando forem tomar banho, cuidado ao lavar o umbigo: Vocês podem encontrar Jesus lá dentro!!!
Vamos refletir:
A idéia de construir lugares para a reunião dos santos em Cristo não consta na Bíblia... A construção de "templos" para a adoração de Deus é fruto da oficialização do cristianismo como religião oficial do Império Romano (nos dias do imperador Constantino). Antes, as pessoas se reuniam onde dava para se reunir, em lugares abertos, casas, salões, etc. Uma das reuniões mais importantes do "embrião da igreja" (o grupo dos Doze) foi em um salão de festas, para recepcionar convidados. Jesus manda seus discípulos irem preparar a páscoa em uma sobreloja (Lucas 22:7-13).
Apesar de não termos uma ordenança da parte do Mestre para construirmos lugares para adoração, somos gratos a Deus pela sabedoria das comunidades da atualidade: Elas utilizam os recursos comuns à igreja (arrecadados entre os fiéis) para alugar ou construir locais para a comunhão e a adoração. Não que Deus esteja ligado a estes locais; mas eles facilitam bastante a nossa comunhão. Já pensou se nós tivéssemos que escolher somente uma dúzia de irmãos para cultuarem na nossa casa? Só encontraríamos os outros de vez em quando!!! Graças a Deus pela reunião da comunhão!!! E estas reuniões dos santos (em lugares maiores ou menores) são evidentes em todo o Novo Testamento:
"Todos os dias, continuavam a reunir-se no pátio do templo. Partiam o pão em suas casas, e juntos participavam das refeições, com alegria e sinceridade de coração" Atos 2:46
"As igrejas da província da Ásia enviam-lhes saudações. Áqüila e Priscila os saúdam afetuosamente no Senhor, e também a igreja que se reúne na casa deles" 1 Coríntios 16:19
"Quando vocês se reúnem, cada um de vocês tem um salmo, ou uma palavra de instrução, uma revelação, uma palavra em uma língua ou uma interpretação. Tudo seja feito para a edificação da igreja" 1 Coríntios 14:26
Então, segundo alguns poucos exemplos bíblicos que selecionamos aqui, percebemos que é, sim, propósito de Deus que os santos em Cristo se reúnam periodicamente para louvar a Deus, trocar ensinamentos, orar uns pelos outros e edificar-se mutuamente.
Mas vamos além do propósito de Deus, pois não vamos à igreja só por obediência ao propósito, vamos por prazer! É gostoso estar em um lugar em que o Espírito do Senhor se manifesta, em que podemos cantar louvores na coletividade, sermos fortalecidos quando estamos abatidos e sermos instrumento de fortalecimento quando estamos em paz.
É gostoso ouvir uma palavra edificadora, uma profecia vinda de Deus que nos convoca ao arrependimento dos erros cometidos durante a semana, que nos conforta por um momento de tribulação ou nos dá sabedoria para tomar uma decisão que pesa sobre nossos ombros. A igreja é a reunião em que o próprio Jesus se manifesta ("Pois onde se reunirem dois ou três em meu nome, ali eu estou no meio deles". Mateus 18:20).
Mas, como dissemos no início, há pessoas que tentam defender o cristianismo particular; desligado das "religiosidades" da igreja. Na tentativa de convencer estas pessoas, os irmãos acabam se lembrando do provérbio "uma brasa que se afasta do braseiro esfria". É uma bela metáfora que tenta expressar a condição daqueles que se apartam da coletividade cristã. Mas convenhamos: a verdade é outra. A coletividade não é um braseiro; é um corpo. E nós não somos brasas, somos membros. O membro que é separado do corpo acaba por necrosar, apodrecer. Um dedo fora do corpo apodrece. Idem para braço, perna, orelha, etc. A idéia do braseiro é até boa, mas não atinge a profundidade das implicações de não estar na comunhão dos santos.
Dentre estes que se afastam da comunhão estão os que têm (ou tiveram) problemas com os irmãos da comunidade. Neste caso só existe falta de perdão; mais nada. Este que se afasta deveria procurar aquele com quem tem questões pendentes e resolvê-las, pois isso é o que se espera de um convertido a Jesus Cristo, que pretende seguir o caminho cristão de obedecer aos mandamentos do Mestre.
Há casos de pessoas que até tentam seguir fielmente o ensinamento de Jesus, vivem o amor, procuram o perdão, a reconciliação, a mansidão, mas percebem-se em meio a uma comunidade de intenções não legítimas, com líderes que não têm temor do Senhor. Estes raramente se afastam, acabam procurando uma nova comunidade, de pessoas que desejam, do fundo do seu coração, servir a Deus.
Uma atitude inaceitável dos "emancipados" (que vão viver seu cristianismo particular) é ficar por aí dizendo que estão "decepcionados com a igreja". Ora, que corrijam seu discurso: estão decepcionados com algumas pessoas de uma comunidade local. Deixem a igreja de fora desta conversa!!! E tem mais: muitos destes casos de "decepção com a igreja" são daqueles que gostam de ficar contando as "marcas" que as pessoas da igreja deixaram nelas, mas nunca atentaram para as "marcas" que elas mesmas deixaram nas pessoas da igreja. A estes Jesus ensina: "Por que você repara no cisco que está no olho do seu irmão e não se dá conta da viga que está em seu próprio olho?" (Lucas 6:41).
Infelizmente nós vivemos diante de um quadro muito complexo, egoísta, endurecido: Não basta as denominações trabalharem para dispersar uma igreja que deveria caminhar em união; agora temos as pessoas de dentro das próprias comunidades que querem viver seu cristianismo somente em casa, sem se misturar com os outros, sem correr os riscos de se relacionar com pessoas. Ora, as relações na igreja certamente gerarão conflitos! Mas estes conflitos devem gerar perdão. Estas relações certamente gerarão divergência, mas a divergência deve ser interrompida por um mover de convergência do Espírito.
Para nossa tristeza há gente que faz a escolha por viver o que pensam ser um cristianismo sem "religião", sem "igreja", sem "rituais". Azar de todos vocês que se encontram nesta condição... Nós que nos reunimos como corpo sabemos que somos partes pequenas de um "todo" que é muito maior. Vocês são fortes, auto-suficientes, não precisam de ninguém, mas nós que nos reunimos com os outros somos fracos, precisamos de Jesus; precisamos da coletividade... Um alerta a todos que defendem que é possível viver um cristianismo livre, sem ir à igreja, sem conviver com outras pessoas: Quando forem tomar banho, cuidado ao lavar o umbigo: Vocês podem encontrar Jesus lá dentro!!!
posted by Cristiano | 10:57 AM
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